Drop Literário

24/06/2014 08:11

Bagagens

Arrumo a valise para a partida.

É bagagem de pouco peso

Porque vai desprovida de vaidade.

Sonhos moldam-se aos espaços disponíveis;

O resto são afetos e saudades.

 

[...]

FIGUEIREDO, Flora. Limão Rosa. Osasco, SP: Novo Século Editora, 2009. p. 50. (fragmento)

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Por que as Minhocas vivem debaixo da terra

Há mais tempo do que qualquer um, homem ou bicho, consiga se lembrar, Eyo II governava tudo e todos na Terra, e ninguém questionava seu poder. Conta-se que, durante os muitos anos de seu reinado, ele costumava usar uma enorme praça para realizar as maiores festas de que se tem notícia. Conta-se também que, depois de tais festas, era costume entre aqueles que haviam bebido bastante tombo fazer discursos.

Muitas vezes, não passavam de bajulação, elogios à figura do anfitrião. Outras vezes, no entanto, não iam muito além de bobagens sobre esse ou aquele fato ou criatura, palavras sem sentido, falta do que fazer. Um dia, ao final de uma festa, o chefe das Formigas-carregadeiras levantou-se e afirmou que seu povo era mais forte do que qualquer outro e que ninguém, nem mesmo o Elefante, que ali estava presente com um numeroso grupo de sua tribo, poderi ser capaz de se comparar com a sua gente, o que muitos concordam.

[...].

BRÁZ, Júlio Emílio. Lendas da África. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. p. 38. (fragmento)

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Por que os Morcegos voam à noite

Um Rato do Campo, Chamado Oyot, era grande amigo de Emiong, o Morcego, e estavam sempre fazendo as refeições juntos. O que Oyot não sabia era que Emiong, por razões que desconhecia, sentia muita inveja dele.

Quando era a vez de o Morcego cozinhar, a comida sempre saía muito boa, e o Rato do Campo volta e meia perguntava:

- Como você consegue fazer um sopa tão saborosa? Qual é o segredo?

O Morcego sempre desconversava, e, por mais que insistisse, Oyot nunca conseguia descobrir o que tanto queria saber.

[...].

BRÁZ, Júlio Emílio. Lendas da África. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. p. 20. (fragmento)

Etiquetas

A lista de etiquetas está vazia.

Notícias

13/06/2014 03:12
D B Da linguagem literária à cinematográfica.pdf (306563)        
Itens: 1 - 1 de 5
1 | 2 | 3 | 4 | 5 >>

Contato

Mediação e Linguagem mediacaoelinguagem@gmail.com